Quentin Tarantino: O poeta da violência







“O artista tem que ser gênio para alguns, e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda”. (Nelson Rodrigues.).

Humor, sangue (muito sangue) e ação...Ou melhor, Tarantino. Sim ele, o roteirista e diretor de filmes imprevisíveis e criativos, criticado por muitos e adorado por tantos outros.
Nascido no dia 27 de março de 1963 no estado de Tennesse (EUA), Quentin Tarantino um intempestivo cineasta que consegue combinar de forma harmônica e dosada, a violência e o humor em seus filmes, é hoje, segundo citações ‘o cineasta que expõe as vísceras de sua sociedade, mas ao contrário do realismo apelativo que temos visto, o faz com requintes de grande arte’.
O requinte de arte em seus filmes deve-se, principalmente, a sua capacidade de captar emoções e transmiti-las com a devida responsabilidade que implica.
O humor e a violência são tão opostos que se aproximaram na ótica de Tarantino, conseguindo também contextualizar estes temas com neo-romantismo e muita surf-music, o que projetou seu estilo único, o estilo “tarantinesco” de produzir filmes, ‘Seu universo de diálogos rápidos e raivosos, estética de quadrinhos e discussões sobre hambúrgueres e atores de cinema lançou um padrão muito pessoal, um espaço entre a filmografia de arte e a filmografia trash’.
Clássicos de sua carreira como Cães de Aluguel (1992), que marcou sua estréia como diretor e Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994) que lhe rendeu o Oscar de melhor roteiro original em 1995, foram com o tempo demarcando seu território no cenário hollywoodiano, tal como sua credibilidade enquanto roteirista e diretor.
Para estrear como diretor em Cães de Aluguel, Tarantino vendeu os roteiros originais de dois filmes, sendo eles: Assassinos por Natureza (1994) (adaptado e dirigido por Oliver Stone) e Amor á Queima-Roupa (1993).
Na atualidade Quentin Tarantino trabalhou em mais um, ou melhor, dois filmes que prometem ser outro grande clássico como Pulp Fiction, a promessa tem o nome: Kill Bill I e II, que já esta gerando polemica por ter cenas originais “cortadas” devido ao excesso de violência, porém Tarantino já prometeu: vai ter Kill Bill I e II em apenas um filme (o que também foi proibido pela carga excessiva de violência) e o melhor: sem cortes.
Para “traduzir” Tarantino tem que se conhecer sua obra, seus personagens e principalmente conhecer a natureza humana, o humano imperfeito, o ser que tem medos, que por vezes não tem êxito, o humano que é livre e usa dessa liberdade para fazer da culpa seu prazer, do medo o seu delírio. São estes personagens que Quentin mostra em seus filmes, o reflexo da sociedade em seres humanos normais, que matam, morrem, discutem futilidades, seres imperfeitos por natureza.

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