Pour toi.


"A gente sempre destrói aquilo que mais ama, em campo aberto ou numa emboscada;
uns com a leveza do carinho, outros com dureza da palavra.
Os COVARDES destroem com um beijo, os valentes com a espada." - (Oscar Wilde.)




Quantas vezes uma pessoa pode te destroçar por dentro? Quantas vezes isso pode doer muito? Quantas vezes você pode demorar a aprender?

Essas questões rondam minha cabeça ha horas, e eu me sinto incapaz de raciocinar depois de quase meio litro de vinho. O que faço agora é adormecer meus sentidos, já não me dói o peito, já não quero chorar, entorpecida quase me esqueço e rio desmedidamente, porém temo. Temo ainda a dor que acordara comigo amanha, que permanecera comigo na minha sobriedade diária, Temo ouvir o telefone tocar, um bater de portas ou uma mensagem. Ainda, temo a mim mesma em minha idiotice romântica, melhor seria raciocinar mais ou viver eternamente ébria.

Mentiras, grandes, pequenas, bobas ou sérias, não me apeteceram nunca e justamente eu fui cair em varias delas com a inocência de quem vê o sol pela primeira vez, com a segurança de um bebe se desprendendo do sofá e indo sozinho em direção ao pai, e também com tamanha crença como aquele que diz receber graças.

Vejo em minha mente você deleitando-se com outra nos lençóis que escolhi e desejo-lhe a morte ou algo pior que a tortura. E sempre dizem que o ódio nos faz mal, cá estou odiosa sentindo chamas arderem em minh'alma. Corra pra outros braços, ame outros abraços, agora quem te livra de mim sou eu e não existiria melhor pessoa para faze-lo.
Ao inferno e ao céu, a Deus e o diabo, te entrego a qualquer entidade, divina ou não, mas que te leve pra longe e te coloque um dia onde estou agora.


Maria Clara Carrilho, 14 de abril de 2014.

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