Um novo motivo


Há tempos não escrevo, e era exatamente nesse momento que minha criatividade deveria estar transbordando páginas e páginas, mas não está.
Nem a tristeza vem me sendo produtiva.

Fins-de-relacionamento são produtivos, sempre foram, aliás qualquer questão que pra mim envolva sentimentos é razão pra me perder em versos, mas sinto uma inquietação imensa que não transborda, não flui, não rende.
Creio que tudo que teria que ser dito, eu já disse realmente...creio que qualquer palavra sobre o assunto vai parecer batida.

Agora, de agora em diante só quero falar do que for bem sucedido, de amor, alegria e paz no coração, porque é disso que eu preciso urgentemente.
Este é o último post pra falar deste fim específico, agora quero falar de recomeços, novas chances e novos sofrimentos, os antigos já me cansaram em demasia.









Quando acaba mesmo?

Mais difícil que uma relação que se acaba é a maneira como se acaba. Certo não estava tudo bem, nem de longe, mas existem maneiras de acabar um pouco menos mal...claro que vai haver ressentimento, dor e luto muito mais por quem levou o tiro do que por quem atirou.
O pior de tudo é que voce olha aquela pessoa que já te fez feliz e que voce ainda ama indo embora e te dizendo palavras duras, e voce percebe que realmente ela não se importava.
É um processo doloroso que pode durar muito tempo e tudo o que voce deseja é não pensar mais, nunca mais se envolver ou acordar do lado dele e descobrir que só foi um sonho ruim (e voce então se lembra das vezes que acordou com um pesadelo e ele realmente estava lá e dizia que nada de mal iria te acontecer.)
Em princípio sente-se até um certo alívio: as brigas acabaram de vez, mas logo em seguida voce ta de novo chorando, lembrando e se perguntando onde esta o erro, se culpa, culpa ele, culpa o horóscopo e procura livros de auto-ajuda.

E sempre digo que o mais doloroso vem depois, passando a fase de negação, cair em si com certeza dói bem mais, sempre. E "cair em si" por vezes pode demorar mais que se pensa.





Dor, amor ou os dois.


Hoje, outra pessoa (a segunda em algumas poucas semanas) me perguntou se sou masoquista...

é...acho que é algo pra se pensar.




...tanto quanto constrói.



Creio que deva existir um momento que o coração cansa de sofrer, que os olhos secam de tanto chorar e a alma passa a aquietar-se de tão exausta.

Você se doa inteiramente, voce chora, voce pede, implora, aceita e pede de novo. Você sabe que está sendo ridícula, não quer mais ouvir a conversinha "não é voce sou eu", "voce é tão linda e simpática" e aquele exaustivo "mas...", sinceramente é preciso ser estúpida para amar, voce se expõe ao ridículo, acredita em tudo, ele te diz 99% de coisas e palavras ruins mas é daquele maldito 1% de coisas lindas que voce insiste em se apegar.

E eu sinceramente desejo a essas pessoas que nunca estejam desse lado que estou agora, que de certo deve ser meu lugar.

Se eu sou masoquista? Claro que sim, é impossível que não o seja. É como voce ter um machucado e ao invés de deixar que cicatrize, voce fique cutucando ele.

E isso de que um dia voce aprende, pra mim não valeu, conheço gente que sofreu por amor e se curou dessa tortura sentimental, mas eu, não eu realmente sou incorrigivelmente romântica, e acreditem: sim, eu acredito no amor, ainda.

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