Talvez.


"Eu fico no sol desse mar de coisas que nao se fazem explicar
é muito e pouco pra mim.
Nunca fui de metades
e o muito pra mim, nunca é demais
choro por algo que nao sei precisar,
rio pelo mesmo estupido 'nao motivo'
talvez esses meio termos nao sejam pro meu eu inteiro
talvez eu tenha que ser apenas metade de mim,
talvez eu deva aceitar o 'se' como nova palavra e aceita-la sem mais perguntas."


- o meu "eu" inteiro e complexo saiu pra tomar um ar. -




*a falta de alguns acentos é devida a configuração ridicula do meu computador.





(Maria Clara Carrilho, 11/12/12, Buenos Aires.)

Sun days.

Sun days.



"as vezes parece preguiça,
parece desespero,
soneto sem graça.
mas é sentimento novo
cultivado e intrigado,
e com  voce acostumado
parece sol todas as segundas,
mas é teu sorriso que me faz ver tudo brilhar
seu jeito de vir e ir,
me deixando assim, sem voce
parece bossa, uma tarde em Itapuã,
e de repente parece rock'n roll a noite inteira
eu deixo tudo ficar tao leve,
pra que voce me leve pro lugar que voce quiser ir.
parece lua cheia na praia,
e depois so, do meio dia no centro da cidade,
é o risco, é o que minto
é o que falo, e tambem o que calo tanto."


(Maria Clara Carrilho, 30/11/2012, Buenos Aires.)

Sobre o não sentir-se

Mas sabe o que é mais estranho nisso tudo? Era pra eu estar chorando, mas nao consigo. Eu to sofrendo, mas parece que é pouco, na realidade parece que me deram uma anestesia emocional, talvez eu desabe a qualquer momento, e eu nem sei mais porque.



Reflexões de um domingo

"Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz." - (Caio F. Abreu.)

Lendo o treco acima, do Caio Fernando, como muitas pessoas, eu pensei: "ta ai, tudo o que eu queria que ele escutasse, que ele soubesse!", e foi no domingo, que eu estava me sentindo tão sem vida, tão sem rumo e tão sozinha, realmente sentindo falta dele, ou do cheiro dele, ou de alguma coisa dele que ainda está em mim.

No domingo eu sai pra caminhar, mas tudo se resumia a essa falta imensa que eu sentia. Falta...eu pensei que sentissemos falta de quem era presente em nossas vidas, mas dai quando me dei conta, eu não poderia sentir falta de alguém que nunca estava comigo, pode ser que fisicamente sim, algumas poucas vezes, mas se for por numa balança as ausencias e presenças, talvez foi uma das pessoas mais ausentes que eu tive na minha vida, e por uma das quais eu fui mais presente, vai entender a lógica de tudo isso? E voltando a me perguntar sobre a "falta", na realidade era mais um vazio, olhando pra certos lugares e lembrando de cada passo que eu ja tina dado junto dele nesses mesmos lugares, isso dói. De lembrar o quanto eu me esforcei, o quanto eu amei (e amo) e o quanto eu fui dele, comecei a me lembrar de planos, aqueles que eu fazia sozinha e na minha cabeça ele tava lá, me pedindo em casamento e correndo com nossos filhos, envelhecendo juntos e sendo felizes pra sempre. Mas não, isso não era ele, esse cara não era ele, nunca foi e nunca ia poder ser! Eu nunca tinha parado pra pensar no quanto esse relação tinha sido extremamente minha fantasia, eu penso que era quase platônico, ele encontrou a pessoa certa, na hora certa (e frágil) pra dizer "te amo, vem viver comigo", ele viu antes que ali estava alguem que ia ser dele até que ele não quisesse mais, até que ele resolvesse pegar as coisas e ir embora de novo, o passatempo dedicado e amoroso que eu um dia chamei de relacionamento, e no fim quando voce cai na real e ve tudo mais claro, voce se odeia e se culpa por sua estupidez e ingenuidade, por ter passado tanto tempo construindo seus planos com alguém de mentirinha, numa história de mentirinha, mas num sentimento que pra voce fois o mais verdadeiro que poderia ser.

Dizem que o ódio é o amor que adoeceu, eu sinto ódio agora, eu me sinto mal por escrever isso, eu me sinto muito mal por admitir isso, mas ja era tempo, eu preciso odiar, eu preciso ter raiva, rancor, e pensar coisas ruins sem me culpar.

Eu fugi do castelo, e preferia muito mais ter sido a bruxa do que a princesa.







(Maria Clara Carrilho - 15/05/2012.)

Não volte.

"Eu, cada vez que vi você chegar,
Me fazer sorrir e me deixarDecidido, eu disse nunca maisMas, novamente estúpido proveiDesse doce amargo quando eu seiCada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mãoDeslizar, se espatifar no chãoVi o meu amor tratado assimMas, basta agora o que você me fezAcabe com essa droga de uma vezNão volte nunca mais pra mim
Mais uma vez aquiOlhando as cicatrizes desse amorEu vou ficar aquiE sei que vou chorar a mesma dor
Agora eu tenho que saberO que é viver sem você
Eu, toda vez que vi você voltar,Eu pensei que fosse pra ficarE mais uma vez falei que 'sim'Mas, já depois de tanta solidãoDo fundo do meu coraçãoNão volte nunca mais pra mim
Mais uma vez aquiOlhando as cicatrizes desse amorEu vou ficar aquiE sei que vou chorar a mesma dor
Se você me perguntar se ainda é seuTodo o meu amor, eu sei que euCertamente vou dizer que 'sim'Mas, já depois de tanta solidãoDo fundo do meu coraçãoNão volte nunca mais pra mim
Do fundo do meu coraçãoNão volte nunca mais pra mim."



- sem mais, o video:







4º dia.

"Pensando bem, acho que o problema está em você que vê todo o meu sacrifício pra estar contigo e mesmo assim vive fugindo de mim."
- (Caio F. Abreu.)





Vai ver que foi isso, o problema não era tanto eu, mas voce fugindo e o tempo todo pedindo por mais  e menos 


menos amor
mais espaço


enquento eu te dava tudo o que eu podia e voce sequer notava qualquer mudança que pra mim estava sendo razoavelmente difícil fazer, mas eu tava consiguindo viu? Voce desistiu antes, mas tudo bem, eu sigo mantendo minhas mudanças, mas dentro da possibilidade do meu ser, sem me maltratar por isso


voce fugiu, nao sei se por medo, falta de amor, insegurança, canalhice ou outra, e de verdade, eu não acredito mais em voce.

3º dia.

"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia numa rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? É tão pouco". - (Caio F. Abreu.)


Hoje já consegui despertar com os olhos menos inchados, mas por dentro o estrago continua feito, e assim é e vai ser por algum tempo...as vezes penso que vai passar em alguns meses, outras penso que nunca vou conseguir esquecer de voce, e de tudo que foi e do que poderia ter sido "se" voce fosse mais flexivel, menos individualista e eu mais leve...o que me magoa mesmo é saber que tinha como arrumar tudo, mesmo que devagar, na paciencia que voce não teve.

2º dia.

E você continua aqui, todo o tempo, nem por um segundo consigo parar de pensar no que acabou, e não consigo acreditar que acabou...estou achando impossível recomeçar, e sim, parece bem derrotista, mas é como me sinto...não posso dormir, não consigo comer direito, e mesmo sabendo que não quer mais, eu faria tudo pra estar do seu lado agora, ou parar naquele momento antes de tudo acontecer.
Eu só queria entender porque voce não pode aceitar esse amor que eu tenho pra voce, porque não pode ser de mais ninguem.

Pra você que eu amo tanto

Já que eu apaguei tudo e voce já não faz mais parte da minha vida, eu queria que voce soubesse que meu amor por voce não acabou, que eu ainda to chorando cada palavra do "esta tudo terminado" que voce falou hoje, uqe meu peito ta doendo e que não sei como me refazer mais uma vez.

Eu sinto um aperto terrivel só de pensar que nunca mais vou te ver ou saber de voce, que do outro lado do Atlantico ou não eu vou sentir a mesma falta, e eu te esperaria e te amaria do mesmo jeito

Eus ei que começou errado, na pressa de estar juntos, nas idas e vindas no aeroporto e em tudo que nesse 1 ano eu passei junto com voce. Talvez seja muito amor, mas eu não sei amar pela metade, eu não sei não demonstrar o que se passa aqui dentro e eu não sei o que fazer com todo esse sentimento e com esse sofrimento que esta me sufocando

Eu ainda lembro de hoje a tarde quando voce dormiu enquanto eu te fazia carinho e de repente acordou e me disse que não era mais isso, eu sinto ter que escrever pra não ter que te falar, e não poder ouvir sua voz e não poder acordar amanha pensando que foi só mais um pesadelo, mas eu te amo e eu não sei como vai ser agora.

que assim seja.


Eu só queria saber o que fazer e como agir, o que te falar, onde parar e quando continuar.
Eu me sinto num lugar em que não posso me mover, como se meu amor não pudesse ser dado, ou tivesse que ser a conta gotas que eu não sabia dosar.

Quando ele me fala eu realmente escuto, e tento dessa minha maneira talvez errada, acertar.
Me pergunto quantas das vezes que eu disse pra ele das magoas, crises, desatenções e faltas ele realmente escutou, ou realmente tentou alguma coisa pequena que fosse. Não sei.
Fico assim com  um amor num frasco e o sentimento todo fluindo dentro de mim, forte, como sempre, mas agora em desuso, numa prateleira se empoeirando, talvez esperando pra que um dia ele ou alguém, o queira assim, num gole só, se embriagar disso que parece ser demasiado agora, ou se esse tipo de coisa tem prazo de validade, um dia não sirva mais, ou eu mesma o esqueça de vez.

Vou me empenhar nisso, cada dia mais tentar ter cada vez menos desse tipo de coisa que só enfraquece, magoa e fere a gente.
To desacreditando que isso existe, que alguém se importe e que valha a pena investir tudo de mim em qualquer outra pessoa que não seja eu mesma.



Maria Clara Carrilho - 12/03/2012.

Por uma outra visão do amor




De verdade, mesmo, eu vou tentar, eu já vinha tentando, daquele meu jeito meio sem jeito, meio devagar, meio metade, mas verdadeiro, assim como eu. Sim, eu posso ter muitos defeitos, mas sou sincera e verdadeira em tudo, com todos, talvez demais, mas afinal eu sempre peco pelos excessos!
Eu amo demais, gosto demais, como demais, durmo demais e quero demais, ah como eu quero! E esse querer ta mais perto de ser eterno mesmo, nem o “demais” serve pra descrever-lo
Acho que também é esse “todo” que tento vivenciar, é esse “tudo” que eu tento ser pra você e é esse “tudo” que fez que eu me jogasse sem para quedas nesse amor
E por último, mas não menos importante, a intensidade, que na realidade tem tudo a ver com o que escrevi até agora, mas a verdade é que penso que ser intensa assim talvez assuste, não sei, essa coisa de ser toda e inteira que é tão difícil hoje em dia, esse meu romantismo ingênuo, de menina ainda, incomoda a mim também, porque um dia, não longe, ou cai a minha ficha ou me mudo pra um livro qualquer de conto de fadas.
Mas eu teimo, insisto, e me decepciono com essa visão utópica que tenho, então pra não chorar mais, vou tirar as lentes cor de rosa e tentar, quem sabe conseguir, ter essa visão mais “HD” da vida, do amor, e dessas coisas que ninguém mais acredita.


Maria Clara Carrilho

Ele



"Ele nunca tinha tempo
Ele sempre jogava
Mal sabendo que só perdia
Pensando que ganhava
Ele queria menos
Ele queria espaço
Queria que os sentimentos coubessem em algum lugar
onde se pode conter-los
que o amor fosse algo que se medisse:
se agora dou mais, ou agora dou menos
na verdade ele não sabe
que essas coisas não se jogam
nem se medem
e nem devem ser desprezadas
ou colocadas como qualquer coisa
nos mais simples gestos
vemos o quanto somos importantes
gestos, palavras, ações
coisas que não custam
mas valem mais que se pensa
as formas de amar são varias
mas o sentimento é um só"


Maria Clara Carrilho - 15/02/2012.

Não me pega não!


Esse é um post a parte, pra uma indignação no âmbito da mídia brasileira que eu já acreditava não me envergonhar ou decepcionar mais, mas assim foi.
Estava eu lendo as “news” do Facebook e me deparo com a capa da revista Época trazendo uma manchete no mínimo...estranha (?): “Ele ainda vai te pegar” com a foto do cantor Michel Teló ao fundo.
Ok para liberdade de expressão, ok: da Época nunca esperei capa ou conteúdo inteligente/interessante, fato: massificação contínua.
O erro aí está no texto que segue o titulo: “Com o sucesso ‘Ai, se eu te pego’ o cantor paranaense Michel Teló traduz os valores da cultura popular para os brasileiros de todas as classes.” Ao ler essa parte me veio como Chico Buarque, Caetano Veloso, Adoniran Barbosa e outros tantos, e realmente me veio um sentimento horrivel de perda.
Explico: apesar da revista em questão não fazer diferença pra mim, ela é um meio de comunicação ao qual a grande parte tem acesso e mais, formadora de opinião, e de fazer uma capa com um cantor a dizer que esse traduz valores de uma cultura tão rica quanto a nossa em canções com letras e melodias pré fabricadas e pobres como essas, aí atingiu, e feio, não só a mim, mas ao Brasil e aos brasileiros que fazem realmente parte do nosso valor cultural.
Entendo que tem por aí uma geração acéfala, gente que gosta desse tipo de musica, enfim, gosto é gosto, podem dizer que tem espaço pra tudo dentro da nossa cultura, já que é tão ampla, mas daí pra traduzir algo são outros quinhentos.
Além do mais, colocou todo mundo no mesmo “comboio”, e alto lá, quem é voce pra me classificar, etiquetar e rotular?
também estive lendo uma opinião interessante do blog “Literatortura” que expressa sua indignação com tal fato, a sua maneira, e apesar de não concordar com tudo que esta aí acho válido e de extrema importância essa reação, expor com argumentos o seu ponto de vista por meio da internet.
Eu, particularmente, como jornalista só lamento muito, o que já era ruim conseguiu piorar e me afastar de vez de seus exemplares. Me cheira a matéria encomendada, comprada e não vou fazer discurssinho de “não se venda”, idealismos ou utopias, mas podia ter dado menos na cara, ou então algo mais sensato dentro desse non sense se possível.
Ainda por esses dias também li que agora tem versão em inglês a tal canção, e bom, eua choq ue já sei onde isso vai dar.


ai, se eu te pego, Michel Teló!

ops...

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