silenciada estou,
nessa noite cor de chumbo
apenas a pensar
o que seria que me viria tao devagar?
eu peço por boa novas
eu tento esconder a face do espelho
onde estaria minh’alma em tão grande tormento.
afasto-me e nitidamente vejo o passado
o presente vem como folhas ao vento
o futuro é um grande vazio
Ondes estou afinal?
esse espetáculo ja vive sem mim?
Sem estrelas, sem lugar
sem mim
ja não me tenho mais
e o que foi, esta perdido.
(Maria Clara Carrilho, 30 de março 2014.)